domingo, 5 de abril de 2015

permanente

primeiro, você estava em todas as canções
não demorou para invadir meus livros
e se  tornar o anti-herói de todos os filmes que desisti de assistir

fui ter com outras pessoas
tomar o mundo
mas você estava em todas as palavras
e até mesmo nos muros da cidade eu via você

me isolei.
e você estava no meu corpo quando dormia
no gosto de tudo que eu bebia
seu olhar me vigiava no espelho

cansada
faminta
deixe de ser.

entendi.

sua ausência é polifonia onipresente
paradoxo potente
escolha inconsequente
visão do invisível

permanente.

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