Somos os mesmos
Mas somos tão outros
Deixo o sol me cegar
A pele fina da cicatriz sensível
Abro os olhos e deixo o sol queimar minhas retinas
Respiro
Posso finalmente ser
Sinto a grama
Sinto seu cheiro
Sinto o silêncio
Sinto sua mão no meu cabelo
Sinto
Sinto
Sinto
Sinto muito.
Não vejo mais nada
Não tenho nada mais para dizer
Olho para o sol
Me deixo cegar pela luz
Não por amor
quinta-feira, 13 de julho de 2017
domingo, 18 de junho de 2017
Poema para seguir em frente.
Eu:
sorridente, na pose,
disfarço o abalo
performo, atuo, faço
cena, não calo
sigo o fluxo, preencho,
formulo
repito palavras,
transbordo, me anulo
tento fingir, distrair
minha mente
perco a noção, sou
inconsequente
resisto, eu fujo e
tento esquecer
por saber que não
posso, só sei te querer.
Nós:
no ruído entre
brincadeira e verdade
na vibração
silenciosa da vaidade
no remix de muitas
identidades
no intervalo entre
egoísmo e liberdade
no atrito dos dedos na
corda do violão
no contra-tempo de cada
te(n)são
na nota tocada sem
amplificação
somente um eco da
imaginação.
terça-feira, 2 de maio de 2017
FAXINA
Lavei seu cheiro do meu travesseiro
seu prazer dos meus lençõis
e algumas gotas de desejo que escorreram pelo chão.
Encontrei meu nome (sus)surrado
no vão entre a cama e a parede
E varri montes de palavras perdidas encrustadas em cada quina.
Difícil foi esfregar as marcas do meu corpo,
as manchas na minha auto-estima
e colar os pedaços de confiança que você derrubou sem querer.
- Quase caí da janela ao limpar o vidro das lembranças! -
Torci panos e panos de destinos imaginados
que desceram imundos pelo ralo
(tive que deixá-los de molho: encardidos que estavam de desilusão)
Ao deitar na cama, porém, a saudade certeira
paira sobre mim feito poeira:
invisível, incessante e em movimento eterno e constante.
seu prazer dos meus lençõis
e algumas gotas de desejo que escorreram pelo chão.
Encontrei meu nome (sus)surrado
no vão entre a cama e a parede
E varri montes de palavras perdidas encrustadas em cada quina.
Difícil foi esfregar as marcas do meu corpo,
as manchas na minha auto-estima
e colar os pedaços de confiança que você derrubou sem querer.
- Quase caí da janela ao limpar o vidro das lembranças! -
Torci panos e panos de destinos imaginados
que desceram imundos pelo ralo
(tive que deixá-los de molho: encardidos que estavam de desilusão)
Ao deitar na cama, porém, a saudade certeira
paira sobre mim feito poeira:
invisível, incessante e em movimento eterno e constante.
Assinar:
Postagens (Atom)