A menina tinha essa mania:
queria salvar a todos que encontrava no caminho
salvá-los do tédio
da perdição
do ódio
da paixão
dos amigos
dos aflitos
dos santos
dos fingidos
salvá-los, enfim, de si mesmos
Seu olhar atento buscava perdidos em potencial
ao encontrá-los, lançava sua corda
e aguardava com ansiedade que tentassem se içar
nunca tentavam.
Certo dia, a menina cansou:
amarrou sua corda em torno do próprio pescoço.
curou-se.
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