quarta-feira, 3 de abril de 2013

SLD

A música alta pra fugir do tormento
Esfrega a roupa e distrai o pensamento
A tv ligada força um monólogo inaudito
Na pilha de louça foge para o infinito.


Deseja ardentemente um cigarro pra fumar
ou talvez uma cachaça para a mente acalmar
quem sabe uma cerveja tipo de degustação
qualquer droga, qualquer fuga, qualquer diversão.

O relógio tic-tac noite inteira, sem parar
A cama, feita de pedra, não a deixa descansar
O frio arrepia. O calor é sufocante.
A noite passa rápido: é manhã em um instante.


A chuva tarda mas não falha
O ódio sem quê nem porquê
em posição fetal se agasalha
e espera o amanhecer.



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