Os garçons servem, os garis varrem, os mendigos pedem, as putas dão.
Os motoristas transportam garçons, garis e putas (mendigos não!)
A polícia ronda.
Os garçons varrem, os motoristas servem, as putas pedem, os garis dão.
Os mendigos rondam.
A polícia transporta putas e mendigos (garis e garçons - se brancos - não!)
Os garçons pedem, os garis transportam, os mendigos varrem, os motoristas dão.
As putas rondam.
A polícia serve (a quem?)
A nós, não!
terça-feira, 30 de agosto de 2016
quarta-feira, 8 de junho de 2016
formatar
Acordou
prometendo escrever
mas
tinha aula
Durante
a aula prometeu escrever a tarde
mas
tinha sono
E
tinha também todas essas coisas engasgadas
que
não sabia como tirar de dentro de si
(ou
se queria tirá-las desse abrigo confortável)
Passou
a tarde lendo
e
prometendo a escrita pra noite
Precisava
de “estofo” para a escrita
inspiração.
A
noite chegou e prometeu que escreveria
se
tivesse uma taça de vinho.
Era
a rainha da procrastinação
Se
escrevesse tão bem quanto procrastinava, estaria rica
Comprou
vinho, comprou chocolate
Encheu
seu estoque de tudo que poderia se tornar uma desculpa mais tarde
Sentou-se
Ligou
o computador
A
tela em branco
ajustou
a fonte
o
espaçamento
justificou
seus medos
acendeu
um incenso para espantar as inseguranças
tomou
um gole de atitude
e
se jogou nas suas próprias dúvidas.
quarta-feira, 23 de março de 2016
domingo
na rua vazia, os passos ecoam
e nem os fones de ouvido disfarçam
o som do que se passa em mim.
nem viv'alma no caminho
e, no entanto, passos no asfalto
me fazem perceber meu trajeto:
lenta e silenciosamente caminho pra dentro de mim.
e nem os fones de ouvido disfarçam
o som do que se passa em mim.
nem viv'alma no caminho
e, no entanto, passos no asfalto
me fazem perceber meu trajeto:
lenta e silenciosamente caminho pra dentro de mim.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
ar
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